
Não, não estou a chamar nomes ao senhor. É verdade que nunca fui muito à bola com ele. Sempre o confundi com a organização a que preside (a Quercus), por mim referenciada como um dos principais lóbis anti-desenvolvimento. Porém, ontem mudei
ligeiramente de opinião. O senhor Francisco Ferreira esteve no Barreiro como orador convidado no debate sobre
Ambiente e Ordenamento do Território, organizado pela JSD cá da área. Falou bastante bem. Conseguiu, além de justificar algumas posições da Quercus (não todas, não todas!), demonstrar, por
a+b, a inviabilidade nuclear. Dissertou um pouco sobre os
polis, as acessibilidades prometidas para a península de Setúbal (onde aplicou de forma correcta alguns conceitos económicos!) e não esqueceu o aeroporto, defendendo-o (ou melhor, classificando-o como o menos mau), dando uma óptima réplica às perguntas do deputado Luís Rodrigues.
Tive de sair a meio da discussão sobre Quioto, o que foi uma pena. É que hoje, dado o ambiente em Lisboa (céu nublado e calor abrasador, abafado,
breathtaking), e os milhares de mosquitos e outros insectos que nos atacam (e daqui o título - quem sabe?), dei por mim a pensar se os ambientalistas não terão mais razão do que eu sempre supus. Talvez, a médio-
curto-prazo, possamos mesmo tranformar-nos num território bem exótico. Não pelas melhores razões.